segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Lilith

Lilith (לילית em hebraico) é referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa, chegando depois a ser descrita como um demônio.
De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusando-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal.
Assim dizia Lilith: ‘‘Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.’’ Quando reclamou de sua condição a Deus, ele retrucou que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher, dessa forma abandonou o Éden.
Três anjos foram enviados em seu encalço, porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael que tentou Eva ao passo que Lilith Tentou a Adão os fazendo cometer adultério. Desde então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo abandonando seu marido ela não aceitava sua segunda mulher. Ela então perseguiria os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém casados para se vingar.
Após os hebreus terem deixado a Babilônia Lilith perdeu aos poucos sua representatividade e foi limada do velho testamento. Eva é criada no sexto dia, e depois da solidão de Adão ela é criada novamente, sendo a primeira criação referente na verdade a Lilith no Gênesis.
(Texto tirado :http://pt.wikipedia.org/wiki/Lilith)

“Lilith representava um aspecto da Grande Deusa. Este mito tem origens que se situam na antiga Babilônia, onde os antigos semitas haviam adotado as crenças de seus predecessores, os sumérios, e está ligado aos grande mitos da criação, havendo estreita relação entre os cultos dos antigos que honravam a Grande Mãe chamada também "Grande Serpente" e "Dragão". O nome de Lilith tem raízes semíticas e indo-européias, ligadas às palavras "lil" que significa vento e ar, e também às palavras sumérias "lulti" (lascívia) e a palavra hebraica "lail" (noite). Ela era venerada sob os nomes de Lilitu, Lilu, Ardat Lili e Lamaschtu. A mitologia judaica coloca-a em domínios mais obscuros, como um demônio feminino do mal, a adequada companheira de Satã, que tenta os homens, assassina as criancinhas no berço, e ainda por cima é uma sugadora de sangue. Lilith seria assim o vento ardente que segundo a crença popular, punha as mulheres em febre logo após o parto, matando-as assim como a seus filhos.
Inscrições descobertas nas ruínas da Babilônia (Biblioteca de Assurbanipal) esclarecem a origem de Lilith, cortesã sagrada de Inana, a Grande Deusa mãe, também conhecida como a "Rainha dos Céus", enviada por esta para seduzir os homens na rua e levá-los ao templo da Deusa, onde se realizavam os ritos sagrados de fecundidade. Os costumes sexuais sagrados eram a dádiva de Inana para a humanidade. Em seus templos se praticava a prostituição sagrada e suas sacerdotisas eram conhecidas como Nu-gig. Os homens da comunidade buscavam a Deusa nessas sacerdotisas e o ato sexual era sagrado, proporcionando a cura física e espiritual. Esses ritos também se davam com o propósito de render boas colheitas, o ato sexual estava relacionado também com a fecundidade da terra. Inana era a deusa do amor, da fertilidade e também da guerra.
Confundiu-se Lilith, denominada "A Mão de Inanna", com a deusa que ela representava, pois a Deusa também recebia às vezes o título de "Prostituta Sagrada". Também não é incomum que se confunda Lilith com Ishtar ou até mesmo com Ísis pela ligação destas com a morte. Segundo a tradição o culto à Lilith também possuiria relações com o período mestrual, por isso as mulheres a cultuavam durante a Lua Nova, pois em muitas culturas era comum associar as fases da lua com a mulher, quando a Lua Nova chegava costumava-se dizer que a Deusa estava com as regras. Assim, o período normalmente dedicado a Lilith, naquela época, era exatamente o período menstrual. O momento em que as mulheres poderiam ter relações sexuais livres da possibilidade de gravidez e, por isso, tais relações estariam exclusivamente ligadas ao prazer (e não à procriação, como era a perspectiva patriarcal). Assim, muitas vezes, se referiu a essa Deusa como o "Espírito Menstrual".
É em virtude disso que posteriormente se criou na sociedade judaica uma série de tabus em relação à menstruação, inclusive proibições sexuais.
As figuras da Grande Deusa se manifestaram em diversas culturas: no Egito temos Nut, a Mãe-Céu que representava toda a esfera celeste; Maya na Índia e Ishtar na Babilônia.”...
“Entre 3000 e 2500 a.c., quando os sumerianos passaram a ter contatos com culturas patriarcais, ocorre a passagem da concepção religiosa matriarcal para a patriarcal, então, os templos dedicados à Deusa são postos abaixo e as práticas sexuais são reprimidas e se tornaram parte da sombra, o poder da mulher foi identificado com o mal e o demoníaco. A Deusa passa a ser o símbolo do mal supremo.
Entretanto é importante destacar que os hebreus não eram à princípio monoteístas, e sim politeístas. Somente após a invasão de Israel pelas forças babilônicas, no século VI a.C., é que começa a surgir o Judaísmo, como nós mais ou menos o conhecemos hoje: fortemente monoteísta e patriarcal.
A Deusa passou a ser denominada como a "Grande Abominação", entretanto o livro de Reis demonstra que seu culto e negação passou por uma sucessão de idas e vindas, pois diversos reis são condenados no Antigo Testamento por terem cometido o pecado da idolatria no topo das montanhas, e essas eram símbolo da Grande Deusa. A Deusa de Israel chamava-se Asherah.
A passagem de uma religião matriarcal para patriarcal possui ligação com o desenvolvimento da pecuária e do nomadismo das tribos semíticas. Assim de uma estrutura ligada à agricultura passasse a uma visão de mundo ligada a caça e a criação de animais, que representa um domínio estritamente masculino.
Os semítas eram pastores de cabras e ovelhas, os indo-europeus eram pastores de gado. Uns e outros eram primitivamente caçadores, de modo que as suas culturas eram orientadas para os animais e não para a terra fecunda. Onde há caçadores há assassinos. E onde há pastores há também assassinos, porque estão sempre em movimento, são nômades entrando em conflito com outros povos e conquistando as àreas para onde se movem. E essas invasões traziam deuses guerreiros, lançadores de raios como Zeus, Thor ou Javé. Temos então uma substituição simbólica do falo e da fertilidade pela espada e pela morte.
Assim aos poucos as mitologias de orientação masculina tornam-se dominantes e a Deusa Mãe é abandonada, destruida ou subjulgada.
Nessas sociedades a mulher vai perdendo pouco a pouco o seu espaço social, ficando relegada a uma posição submissa em relação ao homem.
A figura de Lilith foi incorporada ao folclore hebraico provavelmente durante o cativeiro na Babilônia.”...
“O mito de Lilith é uma excelente metáfora para a situação de submissão que as mulheres passam a ter na sociedade patriarcal, e da forma como a sexualidade feminina passa a ser vista como perigosa e transgressora, tratada como tentadora, síntese do mal e raiz do pecado. Eva a segunda mulher criada (não da mesma forma que Adão como Lilith) foi feita para servir, condenada eternamente à inferioridade. O filosófo cristão Santo Agostinho afirmava que a mulher não era a imagem de Deus, apenas o homem o era. A mulher seria no máximo, a imagem de uma costela.”
“As leituras modernas do mito de Lilith entretanto destacam o seu aspecto revolucionário e mesmo feminista. Ela representa a revolta contra um sistema hierárquico injusto, que quer impor um domínio inquestionável e repressor do masculino sobre o feminino. Lilith é a representação da mulher indômita, selvagem, livre, vibrante de energia, pronta para viver a sua sexualidade de forma plena e prazeirosa...”
(Texto tirado http://www.beatrix.pro.br/cultobsc/lilith.htm)


***Esta seria apenas uma das várias passagens que temos na história, onde mulheres que lutam corajosamente por suas crenças, por seus ideais, não quero dizer que estejam certos ou não, mesmo porque fica dificil analisar os fatos depois de tanta manipulação, depois de tantas ações para denegrir a imagem dela mas sem dúvida alguma uma mulher a frente do seu tempo.

Não que pareça um movimento feminista, só quero encontrar o sagrado feminino em todas as coisas, o sagrado feminino que há em mim. Quero encontrar equilibrio entre o yang e yin.

Hoje, meu objetivo é trazer um pouco de Lilith para minha vida, essa energia vibrante, poder e prazer, viver de forma plena em todos os aspectos da psique feminina.
Quero despertar os poderes de Lilith que há em mim.


gde beijo.

Namastê!!!

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